O declínio generalizado dos habitats fluviais em toda a Europa resultou em grande parte de atividades de engenharia fluvial e da alteração dos rios e das suas planícies aluviais. Estas atividades têm sido uma resposta às mudanças nas atividades paisagísticas como resultado da industrialização, urbanização e intensificação da agricultura.
As atividades normalmente associadas à prestação de serviços como proteção contra inundações, navegação, abastecimento de água e hidroeletricidade incluem a engenharia direta de rios (por exemplo, reforço de leitos e margens, ressecção de rios, canalização extensiva, bueiros e dragagem de canais) e alterações aos regimes hidrológicos naturais (por exemplo, desvio de água, pico hídrico, truncamento do transporte de carga seguido de degradação do leito do rio).
Declínio do habitat
Estas atividades, juntamente com a redução e modificação generalizada das planícies aluviais à medida que o uso da terra se intensifica, resultaram em níveis significativos de declínio do habitat fluvial e na alteração da hidromorfologia natural dos ecossistemas ribeirinhos. Estes impactos estão bem documentados na literatura na maioria dos principais rios das zonas temperadas da Europa e dos EUA.
O estado dos rios da Europa
Menos de 20% dos rios e planícies aluviais da Europa ainda se encontram no seu estado físico natural. Estes rios em estado natural estão localizados principalmente em regiões boreais e árticas remotas. A maioria dos nossos rios e cursos de água foram modificados para servir as necessidades da população humana com diferentes níveis de impacto.
A Agência Europeia do Ambiente concluiu em 2009 que apenas 15% dos habitats de água doce se encontravam em condições favoráveis, 30% em mau estado e 35% em estado inadequado.
O declínio em grande escala do habitat fluvial e a redução da planície de inundação funcional também estão ligados a reduções significativas na biodiversidade associada, que incluem impactos na heterogeneidade espácio-temporal, nos processos funcionais e nas espécies.
