A história da sociedade sempre esteve ligada aos rios, que asseguram serviços essenciais, como o abastecimento de água, o fornecimento de alimento, transporte, recreio e lazer, etc. Apesar disso, a relação Sociedade-Rio nem sempre foi pacífica. A relação das pessoas com os rios tem-se vindo a alterar ao longo dos tempos, passando por fases de respeito e valorização, harmonia e ajustamento, controlo e domínio, degradação e sujeição e por fases de recuperação e sustentabilidade.
O Rio Alviela tem sido, ao longo dos tempos, alvo de descargas poluentes pelas indústrias vizinhas, o que motivou a população a unir-se em sua defesa, criando a primeira organização ambiental em Portugal – CLAPA (Comissão de Luta Anti-Poluição do Alviela).
Este tipo de envolvimento da população é fundamental para o sucesso de intervenções de Restauro Ecológico, com particular relevância na atual situação de emergência climática, nomeadamente no que respeita ao restauro dos ecossistemas fluviais, essencial na mitigação e adaptação aos efeitos das alterações climáticas.
É necessário promover uma conexão mais profunda entre pessoas e rios, impulsionando a sua proteção e restauro.
No projeto Rollin’Rivers pretendemos promover o envolvimento e a participação dos atores, de forma a considerar as suas perspetivas, aumentando a probabilidade de participação nas ações de Restauro Ecológico.
Assim, no contexto do restauro fluvial do Alviela, para a integração de um processo participativo justo, transparente e responsável, vamos realizar sessões de esclarecimento e atividades com a população e com os principais stakeholders, para o empoderamento das pessoas ou grupos que são direta ou indiretamente afetados, através do reforço das suas capacidades e da partilha de informação.
É urgente reaproximar as pessoas dos rios, para, de forma integrada, se encontrarem soluções conjuntas para o
restauro dos ecossistemas ribeirinhos.