Bolsa gerador geota

A primeira edição da Bolsa Gerador GEOTA apoiou a jornalista Inês Loureiro Pinto na concretização de uma reportagem sobre guarda-rios, uma profissão que existiu em Portugal entre os séculos XVIII e XX e que tinha como responsabilidades a salvaguarda dos cursos de água, a fiscalização de extrações ilegais de areias, pesca clandestina, descargas de efluentes, vigia de obras e cortes de árvores, aplicação de multas, o policiamento de áreas inundadas e a avaliação de madeiras e terrenos do Estado.

Apesar de extinta em 1995, nos últimos anos, várias autarquias têm vindo a recuperar esta figura de forma a responder à degradação dos rios e da sua biodiversidade. 

As candidaturas estiveram abertas até dia 25 de junho.

Inês Loureiro Pinto

Jornalista Freelancer. Formada (na teoria) em Ciências da Comunicação pela Universidade do Porto e (na prática) pelo Jornal Universitário do Porto, tendo coordenado o regresso à edição impressa em 2020.

Estagiou no JornalismoPortoNet e na Revista Visão. Trabalhou na Farol de Ideias, onde produziu e realizou, durante dois anos, o magazine ambiental Biosfera (RTP2).

Escreveu para a Revista Humanista e para o Público e colabora atualmente com a Revista do Expresso.

BREVEMENTE! 

Durante o século XX, as linhas de água de Portugal contavam com o zelo próximo e permanente dos guarda-rios: figuras de autoridade que percorriam diariamente as margens, mediavam conflitos e garantiam a preservação daquele bem comum, batizadas com o nome da ave cuja presença sinaliza o bom estado ecológico de um rio. A profissão foi extinta em 1995.
Nos últimos anos, na tentativa de fazer face aos desafios cada  vez mais urgentes pela preservação dos recursos hídricos, têm ressurgido pelo país novos guarda-rios: simbolicamente apelidados como os seus antepassados, são profissionais modernos com ferramentas tecnológicas e conhecimento especializado que olham pelos rios e desafiam as populações locais a tornar-se guardiões das suas linhas de água.

Dividida em quatro atos, conta em texto e imagem a história do passado e do presente dos guarda-rios, contada na primeira pessoa. Para Ler Aqui

Reportagem e texto: Inês Loureiro Pinto
Reportagem de imagem: Vítor Martinho
Edição: Tiago Sigorelho
Design: Frederico Pompeu

28 e 29 de novembro de 2025
No Goethe-Institut, em Lisboa,
e no Rio Alviela.

OS RIOS NAS REDAÇÕES

Uma formação gratuita para jornalistas e estudantes de jornalismo para apoiar na reflexão sobre o papel estruturante dos rios.

O Gerador e o GEOTA juntaram-se para criar pontes entre jornalistas, cientistas e ambientalistas para em conjunto refletirem sobre o papel estruturante dos rios como ecossistemas naturais, a importância da sua preservação e reabilitação em cenários de mitigação das alterações climáticas, e a forma como moldam os territórios, as vidas e a construção de identidades. No final da formação será entregue um certificado.

As oportunidades do jornalismo ambiental

Contextualização da cobertura ambiental em Portugal e no mundo, tendências atuais e desafios identificados. O tema será introduzido dando espaço, de seguida, a um debate aberto, com o objetivo de garantir o envolvimento de todos.

Luísa Schmidt é socióloga, jornalista, professora portuguesa e atualmente investigadora do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. Faz parte da equipa que introduziu a Sociologia do Ambiente em Portugal, tanto na investigação, como no ensino, como na articulação entre academia e sociedade.

Casos de estudo em reportagens ambientais

Adriano Cerqueira
Jornalista de ciência e produtor do programa «90 Segundos de Ciência», da Antena 1

Visita a um caso prático no Rio Alviela

Guiados pela equipa dos Rios Livres GEOTA e com o especialista em reabilitação fluvial Pedro Teiga, visitamos a obra em curso de restauro de um troço do rio Alviela e assistimos ao vivo à remoção de uma barreira obsoleta.