Os rios e os ecossistemas ribeirinhos são elementos fundamentais para a manutenção das espécies no planeta. Estes, fornecem vários serviços que asseguram o bem-estar dos seres humanos, mas também a possibilidade de existência de habitats para as várias espécies e garantem o funcionamento dos processos a eles associados. São também elementos essenciais para a ação climática e para o aprovisionamento de água para as diversas atividades humanas.
Contudo, os ecossistemas de água doce são dos mais ameaçados a nível global, devido à ação humana. O aumento da poluição, a construção de barragens, a poluição resultante de atividades agrícolas e industriais não sustentáveis, entre outros, levam à destruição destes ecossistemas e à perda de biodiversidade, de forma muitas vezes irreversível. Num momento na história do nosso planeta em que estamos a assistir à sexta extinção em massa – a primeira que é causada pelo Homem – e em que o recurso água é cada vez mais posto em causa pelas alterações climáticas, é essencial refletir sobre os efeitos da ação humana nos rios e na biodiversidade que os habita.
A boa notícia é que ainda não é tarde demais para agir, embora seja primordial fazê-lo o quanto antes. É urgente a tomada de ação em prol da conservação dos ecossistemas ribeirinhos, de forma a evitar e minimizar a degradação dos rios pela ação humana. É essencial que se compreenda que existem alternativas às barragens para produção de energia hidroelétrica e às barragens para regadio, que são dos fatores humanos mais destrutivos para os ecossistemas de água doce. É imperativo proteger os rios da degradação causada pela ação humana, sensibilizar a sociedade para um elemento natural que deve ser protegido e conservado e pressionar as entidades governamentais a atuarem sobre esta realidade que carece de uma avaliação com medidas concretas.