A sustentabilidade é a capacidade de satisfazer as nossas necessidades no presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras satisfazerem as suas próprias necessidades.
A sustentabilidade depende da resolução de grandes problemas, muitas vezes causados pela atividade humana – a degradação dos recursos naturais, os níveis elevados de desigualdades sociais e de pobreza, e a falta de ética de gestão corporativa não nos permitem assegurar às gerações futuras as oportunidades e qualidade de vida que ainda possuímos.
Historicamente, está provado que o desenvolvimento centrado nos valores económicos, à custa da saúde ecológica e da equidade social, não resulta numa prosperidade duradoura. Da mesma forma, o desenvolvimento não se pode centrar isoladamente nos valores ambientais ou sociais. Um desenvolvimento sustentável é o que nos permite harmonizar a preservação do ambiente natural com a coesão social e com a prosperidade económica.
Preservar os rios é ser sustentável:
Na dimensão Ambiental, porque os rios
– são essenciais à sobrevivência das espécies e à manutenção das paisagens naturais
– são factores chave para a mitigação dos efeitos das alterações climáticas e do declínio das espécies, os grandes problemas ambientais da atualidade
– são dos habitats naturais mais ameaçados no planeta
– porque um terço das espécies de água doce estão em risco de desaparecerem para sempre
Na dimensão Social, porque os rios promovem o bem-estar humano – neles podemos conviver, deles obtemos diversão, prazer e relaxamento. Deles obtemos a água doce que bebemos, deles obtemos os peixes de água doce que comemos (enguia, salmão, truta e muitos outros). Em muitos lugares, os rios são ainda verdadeiras estradas, que nos permitem chegar de um lado para o outro. Aos rios estão ligadas muitas tradições, envolvendo não só as atividades profissionais ligadas aos rios, como a própria gastronomia tradicional.
Na dimensão económica, os rios são uma mais-valia pelas suas paisagens únicas, pelas suas condições únicas para a prática de turismo de natureza e atividades recreativas, pela sua riqueza cultural e natural, pelos produtos e serviços de ecossistemas que deles podemos retirar.