Vivemos uma época decisiva para o futuro do nosso planeta e para a sobrevivência humana e de todas as espécies. A emergência climática impõe ações concretas e inequívocas no sentido da preservação da natureza e da sua biodiversidade, da adoção de práticas agrícolas sustentáveis e regenerativas e da preservação e recuperação dos serviços de ecossistemas que garantem o bem-estar das populações.
No quadro das alterações climáticas, a escassez de água, é um tema paradigmático que tem de ser abordado de forma séria, no que respeita à implementação de soluções. Estratégias como o aumento da eficiência hídrica e a minimização das necessidades da sociedade em relação ao recurso água, surgem como alternativas de Ordenamento de Território que refletem paisagens “produtoras” de água, contribuindo para inverter a tendência de destruição dos ecossistemas ribeirinhos. De facto, os rios e os ecossistemas associados, sendo dos mais ameaçados em todo o mundo, são fundamentais à sobrevivência da sociedade e de todos os organismos vivos: apresentam uma elevada biodiversidade de espécies e habitats, que se deve à sua heterogeneidade e à sua conectividade natural, e fornecem serviços essenciais, ao nível ecológico, social e económico.
É por isso é urgente implementar políticas, no âmbito da gestão dos recursos hídricos, que garantam um futuro sustentável, socialmente justo e ecologicamente íntegro, num contexto de alterações climáticas.