O GEOTA sugere oito resoluções para entrar em 2022 com a pegada ambiental certa.
1. Escolher um rio ou ribeira próximo de sua casa e contemplar, durante pelo menos 5 minutos, o fluir da água, prestando atenção aos sons, à vegetação das margens, aos animais que poderão aparecer…
Descobrir os processos ecológicos associados aos rios e ribeiras implica tomar consciência de como os efeitos das intervenções humanas nas paisagens têm o potencial de alterar funções e processos nos ecossistemas ribeirinhos. A monitorização do estado das massas de água é fundamental no sentido de prevenir e minimizar os impactes ambientais. Pode observar periodicamente as condições do ecossistema ribeirinho, como a cor e o cheiro da água, a existência de barreiras ao fluxo normal da água, a densidade de vegetação, a fauna, etc. Se detetar situações anómalas denuncie-as às entidades competentes como as Juntas de Freguesia, Câmaras Municipais, Agência Portuguesa do Ambiente, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da sua região (CCDR) e às autoridades policiais: GNR-SEPNA ou a PSP.
2. Proteger de forma efetiva os rios em Portugal, ajudando o GEOTA a criar uma lei para proteção dos ecossistemas ribeirinhos.
Assine a Iniciativa Legislativa de Cidadãos – Rios Livres.
3. Aumentar a eficiência energética da sua casa – desligar aparelhos quando não estão a ser utilizados e considerar participar num programa de apoio ao desempenho energético residencial, investir no isolamento da sua habitação.
O consumo energético, de energias não renováveis e energias renováveis com grandes impactos ambientais, como a energia hidroelétrica, contribui diretamente para as alterações climáticas e afeta os ecossistemas. Temos que consumir menos, decrescer nas nossas necessidades de consumo de energia, pelo uso eficiente e pela poupança de energia. Há ainda a considerar o seguinte: nas nossas casas 25% de energia é para iluminação, 25% equipamento e 50% para aquecimento e climatização. A energia elétrica é apenas 30% das formas de energia primária que utilizamos, pois temos fósseis e bioenergias, com 36,7% para transportes e aprox. 30% para geração de calor/vapor. Sugerimos que veja a energia em números da DGEG.
Informe-se também sobre programas de apoio ao desempenho energético residencial, como por exemplo este do Fundo Ambiental, conheça clicando aqui.
4. Comprar produtos produzidos em Portugal, de preferência regionais e da época.
Fazer uma alimentação baseada em alimentos produzidos em Portugal tem não só benefícios para a saúde, como também para o ambiente e para a economia local. A dieta mediterrânica foi reconhecida pela UNESCO, em 2013, como património cultural imaterial da humanidade, reconhecendo-a como modelo cultural, histórico e de saúde. Para além dos conhecidos benefícios desta dieta, para a saúde, também se reconhecem benefícios ambientais. Por um lado, o consumo de alimentos produzidos em Portugal diminui as deslocações, diminuindo a pegada ecológica associada, por outro, as culturas mediterrânicas estão bem-adaptadas ao solo e ao clima da nossa região, diminuindo as necessidades de consumo de água e promovendo a sustentabilidade dos recursos ambientais.
5. Deslocar-se com maior frequência através de transportes públicos, bicicleta ou caminhando, em vez de carro.
Evitar o uso individual do automóvel melhora a qualidade do ar e diminui a libertação de gases causadores de fenómenos como o efeito de estufa e as chuvas ácidas. Um estudo que comparou os utilizadores de transportes públicos com os utilizadores de automóveis evidenciou que estes últimos têm níveis significativamente mais elevados de stress e mau humor. Deslocar-se a pé e de bicicleta também gera benefícios para a saúde – diminuindo o risco de hipertensão, colesterol e doenças do coração.
6. Diminuir a utilização de plásticos de utilização única – bebendo água da torneira ao invés de comprar garrafas de plástico e usando recipientes reutilizáveis.
A produção e gestão do destino final de plásticos está associado um grande consumo energético e elevados custos ambientais, que em última instância, aceleram o processo de alterações climáticas. Muitos dos nossos resíduos plásticos vão parar ao mar, contribuindo para a deterioração dos ecossistemas marinhos e para a morte de inúmeras espécies. Até o sal marinho que consumimos no dia a dia contém, hoje em dia, microplásticos na sua composição.
7. Contribuir para a preservação e conservação do litoral fazendo caminhadas à beira-mar, e aproveitando para recolher os resíduos que encontrar. Conheça e participe no Projeto Coastwatch do GEOTA.
8. Participar em iniciativas ambientais – através da colaboração com Organizações não Governamentais de Ambiente como o GEOTA. Tornar-se associado ou voluntário é uma oportunidade para criar impacto positivo, ajudando a fazer a diferença. Para mais informações sobre as possibilidades de participação, consulte o site do GEOTA.
Pode ainda contribuir com uma ajuda importante fazendo a consignação do seu IRS e/ou IVA para o nosso NIF: 501716610 – GEOTA, na declaração anual de rendimentos, no campo de consignação para pessoas coletivas de utilidade pública que inclui as entidades com fins ambientais.
Acreditamos que pequenos atos podem ter grandes resultados e que a possibilidade de viver num planeta mais limpo e saudável está, efetivamente, ao alcance de todos.
O GEOTA deseja boas festas e um ano 2022 mais sustentável!