O DESAFIO
Conservar e reabilitar os ecossistemas fluviais contribuindo para a ação climática, melhorando a sua gestão e a forma como o ser humano se relaciona com estes.
Os ecossistemas ribeirinhos são essenciais para a prevenção de secas e inundações, para a regulação do clima e para a saúde e o bem-estar da população. Sendo dos mais ricos em biodiversidade no nosso planeta, estão a sofrer grandes pressões que comprometem as suas funções.
Os países mediterrânicos são dos mais afetados pela escassez de água, agravada pelas alterações climáticas. Em Portugal, apesar do compromisso europeu para restaurar os ecossistemas fluviais, mais de 50% dos rios encontra-se em mau estado de conservação, sobretudo devido à falta de conectividade, poluição, perda de espécies nativas, propagação de espécies invasoras e falta de proteção legal efetiva.
A nível nacional, embora falte ainda um conhecimento estruturado sobre as barreiras à conectividade fluvial estima-se a existência de 13000, muitas das quais obsoletas. É urgente conhecer e caracterizar as barreiras existentes e propor programas de reabilitação fluvial para que Portugal possa cumprir os objetivos da Diretiva Quadro da Água e da Estratégia da UE para a Biodiversidade*.
A MISSÃO
O programa Rios Livres GEOTA, trabalha com a sociedade civil e organizações congéneres europeias e nacionais em ações para promover, proteger e reabilitar os ecossistemas ribeirinhos portugueses, melhorando a sua gestão.
reconectar pessoas, rios e natureza
O projeto Rollin’Rivers integra pessoas, conhecimento e ação para promover o bom estado ecológico dos ecossistemas ribeirinhos, em linha com as diretrizes e estratégias europeias em prol da ação climática, e da inversão das tendências de aumento da escassez de água e do declínio da biodiversidade, sendo um projeto pioneiro na promoção de uma mudança comportamental e da reabilitação dos ecossistemas ribeirinhos e da conetividade fluvial em Portugal.
Financiado maioritariamente pela DIMFE** até dezembro de 2025, o projeto incidirá na avaliação da conetividade fluvial na sub-bacia do Alviela, enquanto sítio piloto para a estruturação de uma metodologia de ação replicável para outras escalas e contextos geográficos (nacional, ibérico e mediterrâneo).
a nossa abordagem
Agir juntos pelos Rios
Envolvendo
- Populações
- Empresas
- Universidades
- Organizações não governamentais
- Instituições/Agências Governamentais
- Autarquias
- Governo
Como forma de ação climática
- Reabilitando, protegendo e promovendo
- Partilhando conhecimento
- Promovendo a mudança de comportamentos
rios
Contribuir para a reabilitação fluvial dos rios portugueses e, consequentemente, para a ação climática, com base na avaliação integrada da conetividade fluvial através do mapeamento, identificação e caracterização de barreiras, com vista à definição de critérios de potencial de reabilitação considerando aspetos físicos, ecológicos, sociais, culturais e económicos.
pessoas
Desenvolver um processo participativo de forma a integrar, sensibilizar e envolver a população e restantes partes interessadas, com vista a aumentar o conhecimento e motivação das pessoas.Promovendo assim, um processo de transformação de comportamento e construindo um verdadeiro compromisso entre estas e o rio.
organizações
Integrar entidades governamentais e organizações da sociedade civil, numa perspetiva de promover a discussão e o pensamento crítico, com vista à definição e implementação de estratégias de reabilitação fluvial ao nível regional e nacional, cultivando a ideia de procurar soluções alternativas para a gestão dos recursos hídricos que não prejudiquem significativamente os ecossistemas fluviais.
* A Estratégia da UE para a Biodiversidade inclui como objetivo alcançar no mínimo 25 mil quilómetros de rios livres de barreiras na Europa até 2030.
** A DIMFE é a Iniciativa de Financiadores para os Ecossistemas Mediterrânicos de Água-doce, sendo gerida pela Fundação Príncipe Alberto II do Mónaco.