O coletivo Guarda Rios reúne artistas e investigadores com práticas de pensamento diversas — artes plásticas, performance, ecologia, arquitetura, tecnologia ou arqueologia – que são ativadas a partir de processos artísticos participativos – caminhadas, jogos, dinâmicas de grupo, ações coletivas, momentos de escuta e observação, desenhos e instalações na paisagem envolvendo as comunidades.

O programa Rios Livres GEOTA em conjunto com o coletivo Guarda Rios através da intersecção das artes e da ciência, promovem a interacção, inclusão e envolvimento das diferentes comunidades, partilhando conhecimentos através da arte.

atividades desenvolvidas

A ESCOLA RIO é um programa do coletivo Guarda Rios direcionado a agrupamentos escolares, associações de pais, público infanto-juvenil, onde através de dinâmicas sensoriais e experiências plásticas, se abordam questões relacionadas com a água, rios e ecossistemas.

Numa metodologia simultâneamente lúdica e pedagógica são explorados conteúdos como a origem da água e da vida na Terra, o caudal líquido e o caudal sólido, zona hiporreica, aspectos básicos de sedimentologia, entre outros aspectos associados à ecologia de um rio.

Escola Rio II

Turmas do 5ª ano do agrupamento de Escolas de Alcanena e Minde — 17 a 19 de Março

SESSÃO – O rio invisível

Revelar aquilo que não se vê na água que bebemos e produção de um filme em película 16mm

microscópio DIY

O microscópio DIY permite a observação de diatomáceas presentes na água através de um feixe laser, usando uma gota de água como própria lente de ampliação.

Nesta experiência visual, observam-se os movimentos destes microrganismos de paredes celulares siliciosas, levando-nos a uma reflexão sobre as diferentes formas e escalas da vida, a sua importância nos ecossistemas e de que forma estão presentes no nosso dia a dia, inclusivamente na água que bebemos.

Pedras Instáveis

Trabalhando com luz projectada, através de um projector de 16mm para mostrar um excerto em película do filme Pedras Instáveis da cineasta Ewelina Rosinska (presente na sessão).

Este filme experimental foi inteiramente filmado em Portugal e mostra-nos paisagens de várias regiões do país, aves planadoras gigantes, rios verdes e muitas outras imagens de uma natureza que por vezes não parece ser assim tão natural. No fim do filme, os alunos são convidados a fazer a sua interpretação do mesmo, a encontrar paralelos com a região onde vivem e a exprimir que relação pessoal têm com o Alviela e outros rios.

No final, realizou-se um pequeno filme coletivo em 16mm, em que cada aluno poderá colorir e trabalhar alguns segundos do mesmo.

Escola Rio I

Turmas do 5ª ano do agrupamento de Escolas de Alcanena e Minde — 19 a 21 de Fevereiro 2025

SESSÃO – O Princípio de Tudo

litofone

Um litofone é um instrumento musical semelhante a um xilofone cujo som é produzido por percussão em pedras recolhidas pelo coletivo Guarda Rios em diferentes rios. Os alunos são convidados a fazer ritmos simples, que vão sendo tocados em camadas através de um pedal de loop.
Cada uma das “pedras” do litofone tem escrito na parte de trás uma palavra: Terra, água, lua, células, insectos, música, dinossauros, agricultura, etc. Depois de reveladas todas as palavras, os alunos são desafiados a criar uma
nova ordem para o litofone que ilustre o tempo profundo e a história da evolução da Terra.

Bolas

Um conjunto de bolas de desporto servem como medidas de escala esférica para nos permitirem visualizar por exemplo qual o volume de água que existe na Terra. Ou qual o volume de água doce? E quanta desta água está de facto disponível? E quantas Terras caberiam no Sol?

Os alunos são convidados a interagir com estas bolas e a pensar quais delas respondem a cada uma das perguntas que será feita.

Varetas de Rabdomância

A rabdomância é um conceito controverso na sociedade. É de facto possível encontrar água através de umas varetas metálicas ou de madeira? Desafia-se os alunos a brincar e experimentar encontrar água na escola usando métodos de rabdomância: – Será que todo o conhecimento tem que ser efectivamente validado pela ciência, ou existem coisas que apesar de não as conseguirmos explicar, sabemos que funcionam?

Explora-se com os alunos as potencialidades coreográficas e de movimento coletivo a partir deste imaginário da rabdomância.

prova de água

Os alunos são convidados a brindar com um copo de água e provar duas águas distintas. As águas que iremos degustar estão em dois jarros, o A e o B, sendo que um dos jarros tem uma água com uma diluição de 4mg/L de sal, a mesma quantidade de sal que já foi detectada no rio Tejo perto das lezírias de Santarém,
o outro água normal.
Os alunos vão beber e saborear as diferentes águas, avaliar a sua qualidade, e levá-los a conhecer fenómenos como a cunha salina, a salinização dos solos, a subida do nível do mar e alterações de padrões agrícolas que estão a acontecer.