Algumas barragens podem apresentar-se seguras por dezenas de anos, enquanto outras apresentam problemas sérios antes do fim do período de vida útil. Estudos realizados nos EUA apontam que, em média, os custos de operação de barragens hidroelétricas aumentam consideravelmente após 25 a 35 anos de operação, devido às necessidades crescentes de reparos.
Há inúmeras causas que tornam barragens, mini-hídricas ou açudes obsoletas:
- Estrutural e Segurança: deficiências na projeção e/ou construção que levam a que as estruturas possam apresentar problemas de segurança;
- Operacional: devido à manutenção ou às condições de operação inadequadas;
- Natural: devido a fenómenos naturais, como sismos, que podem danificá-las;
- Consequências Ambientais: provocadas a jusante (bloqueio da migração de peixes) e a montante (acumulação em excesso de sedimentos);
- Económica: os custos de operação, manutenção ou reparação podem tornar-se superiores aos benefícios económicos;
- Equipamento Mecânico: durante quanto tempo comportas, turbinas e outras peças podem resistir antes de atingirem um estado de fadiga ou serem seriamente afetados pela corrosão;
- Durabilidade do Betão: embora muitas grandes barragens sejam construídas em terra e/ou em rocha (designadas por barragens de enrocamento), nos casos em que são edificadas em betão há também um tempo de vida útil associado à sua permeabilidade.
Nos Estudos de Impacte Ambiental os benefícios associados à construção de barragens são frequentemente sobrevalorizados e, os custos, minimizados tendo em conta que mais cedo ou mais tarde as albufeiras ficam assoreadas (ou seja, vão acumulando sedimentos), e o custo de manutenção torna-se superior aos benefícios líquidos.
É inevitável a remoção de algumas dessas estruturas, mesmo as grandes barragens, face aos problemas relacionados com a segurança, retenção de sedimentos e custos de operação.