1 – Escolher um rio ou ribeira próximo de sua casa e contemplar, durante pelo menos 5 minutos, o fluir da água, prestando atenção aos sons, à vegetação das margens, aos animais que poderão aparecer… Descobrir os processos ecológicos associados aos rios e ribeiras implica tomar consciência de como os efeitos das intervenções humanas nas paisagens têm o potencial de alterar funções e processos nos ecossistemas ribeirinhos. A monitorização do estado das massas de água é fundamental no sentido de prevenir e minimizar os impactes ambientais. Pode observar periodicamente as condições do ecossistema ribeirinho, como a cor e o cheiro da água, a existência de barreiras ao fluxo normal da água, a densidade de vegetação, a fauna, etc. Se detetar situações anómalas denuncie-as às entidades competentes como as Juntas de Freguesia, Câmaras Municipais, Agência Portuguesa do Ambiente, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da sua região (CCDR) e, se os danos provocados aos rios forem muito graves, pode denunciar também às autoridades policiais: GNR-SEPNA ou a PSP.

2- Proteger de forma efetiva os rios em Portugal, ajudando o GEOTA a criar uma lei para proteção dos ecossistemas ribeirinhos. Assine a Iniciativa Legislativa de Cidadãos – Rios Livres em  https://rioslivresgeota.org/ilc.

3– Aumentar a eficiência energética da sua casa – desligar aparelhos quando não estão a ser utilizados, e considerar participar num programa de apoio ao desempenho energético residencial. Grande parte da eletricidade utilizada em nossas casas é desperdício. O aumento do consumo energético (não só de energias não renováveis como também de energias renováveis com grandes impactos ambientais, como a energia hidroeléctrica) contribui diretamente para as alterações climáticas e afeta os ecossistemas. Informe-se sobre programas de apoio ao desempenho energético residencial (ex: https://www.fundoambiental.pt/apoios-prr/paes-2021.aspx).

4 – Comprar produtos produzidos em Portugal, de preferência regionais e da época. Fazer uma alimentação baseada em alimentos produzidos em Portugal tem não só benefícios para a saúde, como também para o ambiente e para a economia local. A dieta mediterrânica foi reconhecida pela UNESCO, em 2013, como património cultural imaterial da humanidade, reconhecendo-a como modelo cultural, histórico e de saúde. Para além dos conhecidos benefícios desta dieta, para a saúde, também se reconhecem benefícios ambientais. Por um lado, o consumo de alimentos produzidos em Portugal diminui as deslocações, diminuindo a pegada ecológica associada, por outro, as culturas mediterrânicas estão bem-adaptadas ao solo e ao clima da nossa região, diminuindo as necessidades de consumo de água e promovendo a sustentabilidade dos recursos ambientais.